segunda-feira, março 20, 2006

Despertar

Estava afundado, naquela profundidade que os raios de sol ainda conseguem conquistar, há custa da sua dispersão, que tem tanto de aleatória como de enigmática como de premonitória.

E quando emergi, para respirar o sal da brisa marinha, fui acarinhado por uma gaivota que em silencio me reconheceu, em silencio me protegeu, em silencio me revelou e desvendou, com um breve olhar de soslaio e um morno afago de asa.

“…e então tu olhaste/ depois sorriste/ abriste a janela e voaste..”

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