quinta-feira, março 17, 2011

Não sei o que é pior, se a pele pálida entre a meia e o cano da calça da perna cruzada, ou pessoas portuguesas referirem-se em inglês à cidade do Porto como Oporto. As duas juntas no mesmo quarto de hora arruínam o dia a qualquer um.

domingo, março 13, 2011

Semáforo

Semáforo vermelho. Trânsito parado. Trânsito parado durante um tempo ridículo. Que tempo é este que passa no olhar para um semáforo? Que tempo é este?
E até quando ficar aqui parado? Arrancar. Prosseguir. Mas quando?
Agora? Daqui a 10, 20, 50 segundos?
É assustadora a arbitrariedade da decisão de avançar sobre o vermelho que nunca cai. Porque é óbvio que tudo será diferente consoante o arranque seja agora… ou agora… ou agora…
Arranquei, passei quando não era suposto ter passado. Qualquer ordem ou lógica que pudesse estar estabelecida de acordo com as nossas regras ficou estilhaçada. Como não recear pela pessoa que se aproxima da passadeira ou do vagabundo no miradouro? Como não questionar e desconfiar da razão das coisas até soltar as amarras dos sentidos?