descobre o topo da vista desarmada. ansiosa chegada, repetida partida. descobre o topo da partida e da chegada. grossa caminhada, profunda perdição.
domingo, março 26, 2006
Repouso
Finalmente o descanso, e a certeza da vitória do peso das pálpebras sobre o encarrilamento do raciocínio. Já o mundo está desfocado de sono e as palavras colam-se numa só. Acumulam o seu peso com o do corpo encaixado no molde formado pela sua existência em repouso.
segunda-feira, março 20, 2006
A semente dos sonhos
Preparas o descanso, respiras fundo e antecipas o conforto da noite.
E no silencio, na imobilidade do ar, um breve sussurro imperceptivel aloja-se na semente dos sonhos e aguarda pacientemente que adormeças.
Só então te invade, como o faz um perfume.
E no silencio, na imobilidade do ar, um breve sussurro imperceptivel aloja-se na semente dos sonhos e aguarda pacientemente que adormeças.
Só então te invade, como o faz um perfume.
Despertar
Estava afundado, naquela profundidade que os raios de sol ainda conseguem conquistar, há custa da sua dispersão, que tem tanto de aleatória como de enigmática como de premonitória.
E quando emergi, para respirar o sal da brisa marinha, fui acarinhado por uma gaivota que em silencio me reconheceu, em silencio me protegeu, em silencio me revelou e desvendou, com um breve olhar de soslaio e um morno afago de asa.
“…e então tu olhaste/ depois sorriste/ abriste a janela e voaste..”
E quando emergi, para respirar o sal da brisa marinha, fui acarinhado por uma gaivota que em silencio me reconheceu, em silencio me protegeu, em silencio me revelou e desvendou, com um breve olhar de soslaio e um morno afago de asa.
“…e então tu olhaste/ depois sorriste/ abriste a janela e voaste..”
quarta-feira, março 08, 2006
Amanhecer
Descubro a janela do seu véu nocturnal.
Semi-cobertos pelo trilho do sono, os olhos percorrem os telhados irregulares, os horizontes assimétricos.
Desvendo o ar do Porto da sua janela, fronteira finalmente quebrada.
O fino ar frio percorre ansioso, da cabeça aos pés, cada pedaço do corpo. Enche o quarto e afoga o ar tépido do singular calor humano.
Desperta os sentidos e contagia a mente...
Semi-cobertos pelo trilho do sono, os olhos percorrem os telhados irregulares, os horizontes assimétricos.
Desvendo o ar do Porto da sua janela, fronteira finalmente quebrada.
O fino ar frio percorre ansioso, da cabeça aos pés, cada pedaço do corpo. Enche o quarto e afoga o ar tépido do singular calor humano.
Desperta os sentidos e contagia a mente...
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