descobre o topo da vista desarmada. ansiosa chegada, repetida partida. descobre o topo da partida e da chegada. grossa caminhada, profunda perdição.
quinta-feira, março 17, 2011
domingo, março 13, 2011
Semáforo
Semáforo vermelho. Trânsito parado. Trânsito parado durante um tempo ridículo. Que tempo é este que passa no olhar para um semáforo? Que tempo é este?
E até quando ficar aqui parado? Arrancar. Prosseguir. Mas quando?
Agora? Daqui a 10, 20, 50 segundos?
É assustadora a arbitrariedade da decisão de avançar sobre o vermelho que nunca cai. Porque é óbvio que tudo será diferente consoante o arranque seja agora… ou agora… ou agora…
Arranquei, passei quando não era suposto ter passado. Qualquer ordem ou lógica que pudesse estar estabelecida de acordo com as nossas regras ficou estilhaçada. Como não recear pela pessoa que se aproxima da passadeira ou do vagabundo no miradouro? Como não questionar e desconfiar da razão das coisas até soltar as amarras dos sentidos?
E até quando ficar aqui parado? Arrancar. Prosseguir. Mas quando?
Agora? Daqui a 10, 20, 50 segundos?
É assustadora a arbitrariedade da decisão de avançar sobre o vermelho que nunca cai. Porque é óbvio que tudo será diferente consoante o arranque seja agora… ou agora… ou agora…
Arranquei, passei quando não era suposto ter passado. Qualquer ordem ou lógica que pudesse estar estabelecida de acordo com as nossas regras ficou estilhaçada. Como não recear pela pessoa que se aproxima da passadeira ou do vagabundo no miradouro? Como não questionar e desconfiar da razão das coisas até soltar as amarras dos sentidos?
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