Há pouco tempo pediram-me que ouvisse a música de um filme mudo.
Ouçam agora o som destas imagens caladas.
descobre o topo da vista desarmada. ansiosa chegada, repetida partida. descobre o topo da partida e da chegada. grossa caminhada, profunda perdição.
sexta-feira, outubro 20, 2006
quinta-feira, outubro 12, 2006
domingo, outubro 08, 2006
Não existe maior confusão
Não existe maior confusão em mim do que as palavras dos pensamentos que se amontoam na espera pela ordem de entrada e as frases e os nacos de frases que sobressaem na sua decomposição rápida e luminescente. Por vezes nem chegam a formar-se palavras. Por vezes são as ideias ou pré-ideias, ideias de ideias, premonições de ideias, adivinhações, sextos sentidos, impressões que se sentem, cheiram, não se vêm ou tocam mas deixam uma marca suficiente para abalar qualquer estrutura que esteja em construção, como uma brisa de tempestade que derruba a construção de um farol.
sexta-feira, outubro 06, 2006
hoje vi-te
hoje vi-te ao longe
entre os ombros, cabeças e pescoços
ondulantes da multidão
sorrias de perfil
vinhas e desaparecias
na multidão
na ondulação
aparecias e ias
na memória errante
histérica incerta
eras tu sim
não eras
era tal e qual sim
não era
de certeza mesmo que sim sim
não
não recordo, não relembro, não ressurge
nariz, lábios, olhos, o sorriso
na névoa sebastianista
entre os ombros, cabeças e pescoços
ondulantes da multidão
sorrias de perfil
vinhas e desaparecias
na multidão
na ondulação
aparecias e ias
na memória errante
histérica incerta
eras tu sim
não eras
era tal e qual sim
não era
de certeza mesmo que sim sim
não
não recordo, não relembro, não ressurge
nariz, lábios, olhos, o sorriso
na névoa sebastianista
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