Não existe maior confusão em mim do que as palavras dos pensamentos que se amontoam na espera pela ordem de entrada e as frases e os nacos de frases que sobressaem na sua decomposição rápida e luminescente. Por vezes nem chegam a formar-se palavras. Por vezes são as ideias ou pré-ideias, ideias de ideias, premonições de ideias, adivinhações, sextos sentidos, impressões que se sentem, cheiram, não se vêm ou tocam mas deixam uma marca suficiente para abalar qualquer estrutura que esteja em construção, como uma brisa de tempestade que derruba a construção de um farol.
hoje vi-te ao longe entre os ombros, cabeças e pescoços ondulantes da multidão sorrias de perfil vinhas e desaparecias na multidão na ondulação aparecias e ias na memória errante histérica incerta eras tu sim não eras era tal e qual sim não era de certeza mesmo que sim sim não não recordo, não relembro, não ressurge nariz, lábios, olhos, o sorriso na névoa sebastianista