Quero chorar, não consigo.
As lágrimas cristalizam nos olhos
Afiadas pedras de sal
arrastam-se lentamente na fronteira de mim
Gotejam escorrem descem até ao peito
onde acumulam
atritam
aziam
irritam
Onde renascem
em vapores de cebola infértil
que cristalizam, precipitam
Pedras de sal
peneiradas no olhar pelo olhar
descobre o topo da vista desarmada. ansiosa chegada, repetida partida. descobre o topo da partida e da chegada. grossa caminhada, profunda perdição.
domingo, setembro 24, 2006
quinta-feira, setembro 14, 2006
domingo, setembro 03, 2006
a lembrança do sal
Reparo nos teus olhos cansados
Uma faísca sobressai no olhar habitual
Luz brilhante de um passado recente
Uma lágrima feliz
Uma lágrima presa
Reparo, já com o olhar pesado e cansado
No teu corpo moreno ensardado
Vestígios de um passado recente
Um bronze bonito
Um bronze com termo
Reparo no meu corpo cansado
Na barba comichosa
Na roupa mal cheirosa
No cabelo desgrenhado
Nos olhos areados
Reparo, e solta-se uma lágrima
De uma fonte improvável
Mas constante
Uma lágrima livre
Dos corpos cansados, sujos ou limpos
Uma lágrima que não interessa
Porque não há ninguém
Ninguém existe neste momento
Apenas o brilho
O teu brilho
A transparência
A liquidez eterna que tudo une
E o sal
O tão intenso e distinto sal
Uma faísca sobressai no olhar habitual
Luz brilhante de um passado recente
Uma lágrima feliz
Uma lágrima presa
Reparo, já com o olhar pesado e cansado
No teu corpo moreno ensardado
Vestígios de um passado recente
Um bronze bonito
Um bronze com termo
Reparo no meu corpo cansado
Na barba comichosa
Na roupa mal cheirosa
No cabelo desgrenhado
Nos olhos areados
Reparo, e solta-se uma lágrima
De uma fonte improvável
Mas constante
Uma lágrima livre
Dos corpos cansados, sujos ou limpos
Uma lágrima que não interessa
Porque não há ninguém
Ninguém existe neste momento
Apenas o brilho
O teu brilho
A transparência
A liquidez eterna que tudo une
E o sal
O tão intenso e distinto sal
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